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TerPaz

16/07/2019 22h27 - Autor: 200 visualizações

     A Secretaria de Estado de Educação (Seduc/PA) e a Polícia Militar do Pará (PM) iniciaram as tratativas para a implementação do Projeto de Cooperação Militar Educacional. A secretária de educação, professora Leila Freire, o comandante geral da PM, Dilson Júnior, e o secretário de cidadania, Ricardo Balestreri, reuniram na tarde desta terça-feira, 16, na sede da Seduc, para tratar sobre o Termo de Cooperação Técnico-Administrativo que deverá ser assinado nos próximos dias pelo governo do estado. O objetivo é obter a cooperação da PM em escolas estaduais, primeiramente em 7 escolas localizadas nos bairros que compõem o Programa Territórios da Paz (Jurunas, Terra Firme, Guamá, Benguí, Cabanagem, Icuí-Guajará e Nova União, em Marituba) e posteriormente ampliar para escolas situadas na área de abrangência dos 13 comandos regionais de policiamento, no interior do estado. 

 

     A secretária Leila Freire explicou que a cooperação representa um esforço conjunto para humanizar o relacionamento entre jovens, diminuindo a vulnerabilidade social, identificando e enfrentando a violência e fortalecendo a cidadania nas escolas. Da mesma forma, o secretário Balestreri destacou que a iniciativa está inserida em um contexto de educação democrática, que tem o intuito de garantir autonomia moral e intelectual dos estudantes, tendo como princípio a formação comportamental no ambiente escolar.


    A cooperação é inspirada no modelo do Projeto SUME, desenvolvido pela PM e a prefeitura de Marabá desde 2018, na Escola Militar Rio Tocantins (CAIC). De acordo com o Termo de Cooperação, nas escolas com a presença da PM é desenvolvido um plano de segurança para as áreas interna e externa da escola. Pelo modelo, a gestão escolar continua sob a direção da Seduc, cabendo à PM a atuação disciplinar educacional. “A gestão é colegiada, as ocorrências são encaminhadas à direção da escola, a quem caberá o devido encaminhamento”, explicou o comandante geral. Segundo ele, há um efetivo de 15 inspetores voluntários atuando diariamente em turnos alternados para cada escola com mil alunos.


     A experiência em Marabá e em outros municípios brasileiros mostra que em pouco mais de um ano a escola não só se torna pacificada, como melhora o rendimento educaional dos alunos. “Trata-se de transformar áreas de altos índices de violência em territórios pacificados e de transformação social, o que inclui as escolas”, disse Balestreri. No Pará, a meta é atuar mais intensivamente com alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio. “Os indicadores educacionais mostram que a proficiência nessas séries é distorcida, além disso queremos reforçar o ensino médio com os alunos que vão fazer o Enem”, esclareceu Leila Freire.

 

Por Leidemar Oliveira

Fotos: Eliseu Dias

Ascom/Seduc 


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