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Escola de tempo integral em Ananindeua qualifica desenvolvimento infantil

17/04/2025 10h49 - Autor: Fernanda Cavalcante (Ascom Seduc) 12 visualizações

Escola para alunos do 1º ao 5º ano mantém Projeto de Convivência para aprimorar habilidades socioemocionais e incentivar relações saudáveis

Para trabalhar habilidades socioemocionais e o respeito às individualidades na comunidade escolar, a Escola Estadual de Tempo Integral Maguari, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), desenvolve diversas ações dentro do Projeto de Convivência. A iniciativa integra conteúdo curricular para proporcionar aos estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental momentos de aprendizagem que estimulam a empatia, o diálogo e a construção de relações saudáveis no ambiente escolar.

“Com o projeto de convivência a gente percebe que a escola está no caminho certo, trabalhando sempre em equipe os temas que têm que ser trabalhados para a gente fortalecer a união, para que, mais tarde, essa criança seja um adolescente sarado, consciente, respeitador, isso é muito importante. E eu tenho notado a diferença nos estudantes, porque nós já tínhamos esse trabalho de convivência para combater essas questões de apelidos, bullying”, afirmou a diretora da escola, Socorro Lima.

O Projeto de Convivência é um processo estruturado oferecido sob a forma de aulas ao longo do Ensino Fundamental para que os alunos experimentem o fazer coletivo na comunidade. Na Escola Estadual Maguari, temas como bullying, racismo, combate a violência contra meninas e mulheres, inclusão, respeito e gentileza são abordados por meio de atividades lúdicas, como afirma a professora Maria Iracira Barros.

“Ensinar é muito lindo e eu fico feliz quando chego aqui na minha sala de aula e encontro as minhas crianças. Eu sempre trago coisas diferentes para a sala de aula, assuntos que chamam a atenção deles. Nós já falamos sobre a gentileza e trazemos isso para o dia a dia. Ver que a criança realmente avança é gratificante até porque a gente busca isso, queremos que eles sejam adultos comprometidos, empáticos, eu gosto que eles sejam críticos, analíticos, então eu tô preparando esse leque para que no futuro eles colham bons frutos”, contou a educadora Maria Iracira.

A estudante Ivy Felizarda, 3ª ano do Ensino Fundamental, acredita que o Projeto de Convivência estimula boas práticas dentro e fora do ambiente escolar. “Eu gostei de aprender sobre a gentileza e aprendi que a gentileza é uma expressão que significa ser bondoso, atencioso e que pode inspirar os outros a fazerem o mesmo. Eu pratico a gentileza aqui na escola quando, por exemplo, deixo os pequenos passarem à frente na merenda e a gente também pode ser gentil em casa e em outros lugares”, comentou.

Tempo Integral - Para 2025, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) efetivou mais 49 unidades que adotaram o Programa de Ensino Integral (PEI), totalizando 162 escolas com esse modelo pedagógico, superando em mais de cinco vezes o número dessas instituições na rede pública estadual de ensino.

A Escola Estadual Maguari aderiu ao ensino de tempo integral este ano. A experiência com o tempo integral tem incentivado o corpo funcional da unidade. “O tempo integral, para nós, foi uma surpresa boa. Em termos de ensino, aprendizagem, eu creio que tem sido ótimo para os nossos alunos. Apesar de algumas dificuldades, a gente aceitou o desafio e temos trabalhado todos juntos no propósito de conseguir êxito na educação”, ponderou Socorro Lima.

Em sua primeira experiência em escola de tempo integral, a professora Cristina Santos destaca os pontos positivos com o modelo de ensino. “Essa é minha primeira experiência com o ensino em tempo integral e eu percebi que esse modelo nos dá mais tempo para organizar, para conhecer os estudantes porque são os mesmo da manhã e tarde. Então divide o tempo, onde posso me programar para realizar diversas atividades com discussão de temas específicos, roda de conversa e essa parte mais lúdica para envolver os estudantes e para que eles consigam assimilar melhor aquele assunto”, frisou.

Além do aumento no número de escolas, o impacto dessa expansão é claramente visível no crescimento das matrículas. Em 2018, as escolas na modalidade integral no Pará atendiam 6 mil alunos; em 2025 houve um salto para 48 mil matrículas. Um crescimento oito vezes maior na capacidade de atendimento. Um novo exemplo do compromisso do Estado em proporcionar mais oportunidades aos estudantes, com o acesso a uma educação integral de qualidade.