Estudantes da rede estadual recebem capacitação para a 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial

A atividade intensiva, em parceria com a Universidade Federal do Pará, visa preparar os alunos para a terceira fase da competição, que acontece até o dia 17 de março
Estudantes da rede estadual selecionados para a 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA) recebem intensivão na preparação para a terceira fase da competição. A atividade, organizada pelos educandos da rede estadual em parceria com o curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Pará, inicia nesta sexta-feira (7) e segue até o dia 17.
Nesta terceira fase, os estudantes realizarão uma tarefa prática com ferramentas que fazem parte do espectro do que se considera Inteligência Artificial, como o Python, uma das linguagens de programação mais importantes a serem aprendidas para melhorar a eficiência e produtividade de quem a utiliza.
“Na terceira fase, o desafio é um pouco maior, porque temos que aprender a linguagem de programação Python. Então, é um desafio mais difícil, mas espero que consigamos ter um bom desempenho e avançar para a quarta fase, principalmente porque é tudo muito novo, nunca tive essa experiência”, disse Samiah Lopes, estudante da Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias.
Parceria – Para potencializar a preparação dos estudantes, a Secretaria de Educação convidou representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) para auxiliar os classificados com a linguagem de programação, Python. À frente dessa ação está Victor Santiago, diretor da Faculdade de Computação (Facomp), juntamente com os alunos do Curso de Ciência da Computação João Pedro Arruda e Taygo Cezar.
“Antes de mais nada, gostaria de expressar minha gratidão pela oportunidade de unir esforços com o Ciseb na busca por resultados cada vez mais expressivos na educação dos jovens paraenses. Acredito que o Governo está no caminho certo ao incentivar a busca pelo conhecimento na área de tecnologia e ao dar visibilidade ao nosso Estado nessas competições. O interesse dos estudantes reflete a forte relação dos jovens com a tecnologia, então abraçamos, junto ao Ciseb, com grande entusiasmo, a oportunidade de apoiar os participantes nessa fase e, depois, na internacional da competição. Nosso objetivo é somar esforços, contribuindo com conhecimento acadêmico e prático para fortalecer o pensamento computacional e as habilidades em programação. Tenho certeza de que, com a dedicação dos estudantes, os treinamentos direcionados que podemos oferecer e o apoio do Ciseb, conquistaremos patamares cada vez mais altos”, afirmou Victor Santiago, diretor da Facomp.
“Nesse intensivão, estamos preparando principalmente as aulas práticas, onde vamos aprofundar o estudo do Python, porque, como temos pouco tempo e precisamos treinar bastante, nossa abordagem será mais prática, já que não sabemos exatamente como a Olimpíada vai cobrar o conteúdo. Então, vamos focar bastante na parte prática e também explicar a teoria com base nela”, afirmou João Pedro Arruda, estudante da UFPA.
A competição incentiva o conhecimento e a inovação em inteligência artificial, desafiando alunos de diversas regiões a explorar e desenvolver suas habilidades nessa área crescente.
“Eu me interessei pelo fato de que a Inteligência Artificial está cada vez mais presente na nossa vida, e eu tinha interesse em aprender um pouco mais sobre o assunto. Ter essa experiência com a Olimpíada me abriu uma visão ótima sobre a Inteligência Artificial. O meu maior desafio agora será aprender sobre a linguagem de programação Python, mas estou recebendo apoio da escola, dos meus professores e familiares. Estou bem ansiosa, não imaginei realmente que estaria nessa fase, mas espero que a gente consiga avançar, não só eu, mas todos os meninos que foram classificados”, contou Stefany Monteiro, da Escola Estadual Lauro Sodré.
Os estudantes realizaram os exames com o apoio e acompanhamento do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica (Ciseb), um espaço dedicado ao fomento de práticas educacionais inovadoras e ao desenvolvimento de habilidades tecnológicas entre os estudantes da rede pública.
“Nossa expectativa é ótima. Nosso objetivo é que todos os 11 classificados iniciem a terceira fase bem preparados. Para isso, estamos oferecendo todo o suporte necessário e contando principalmente com a dedicação desses alunos e, o mais importante, com o intuito de que eles realmente possam aplicar esse conhecimento em suas vidas. Além disso, convidamos outros estudantes a se preparar para a próxima edição, a estudar sobre a temática e estaremos aqui para dar o apoio tanto ao aluno quanto ao professor”, reforçou Eliezer Menezes, coordenador do Ciseb – Polo Guajará.
Sobre a competição – Do Pará, onze estudantes foram destaques na 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), sendo 10 da Região Metropolitana de Belém e um do município de Ourilândia do Norte.
Os estudantes classificados foram: Stefany Monteiro, da Escola Estadual Lauro Sodré; Ryan Ramos e Fabiana Mendes, da Escola Estadual Visconde de Souza Franco; Elki Castro, da Escola Estadual Dr. Romildo Veloso e Silva; Jéssica Aguiar, da Escola Estadual Jarbas Passarinho; Diana Santos, Samiah Lopes, Flavio Pereira, Marco Feio, Maria Furtado e Samuel Silva, são da Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias.
Com quatro fases, os estudantes mais habilidosos poderão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Inteligência Artificial, que será realizada em Pequim, na China.
A 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA) é realizada por três instituições: EduSpace, Hub de Inovação em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Pelotas (H2IA/UFPel) e o Instituto de Inteligência Artificial, em colaboração com o Laboratório Nacional de Computação Científica (IIA/LNCC). A competição inclui categorias para estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, além de uma categoria especial para interessados fora dessa faixa etária.