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Foram contemplados alunos do 5° ano do Ensino Fundamental e do 3° ano do Ensino Médio em tratamento de saúde e concluintes dessas séries

O auditório da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém, foi palco, na terça-feira (10), da Sessão de Formatura dos estudantes atendidos pelo Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (AEHD/COEES). Realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a cerimônia certificou, de forma simbólica, os alunos do 5° ano do Ensino Fundamental e do 3° ano do Ensino Médio que concluíram seus ciclos escolares durante o tratamento de saúde.

O programa é uma extensão da política de educação inclusiva, promovendo a continuidade do processo educacional de estudantes hospitalizados ou em tratamento domiciliar, que enfrentam limitações para frequentar as escolas regularmente. Este ano, 12 estudantes foram certificados, incluindo três atendidos diretamente pela Classe Hospitalar da Fundação Hemopa.

Superação e continuidade na educação - Entre os formandos, Cauã Reymond Nogueira Teixeira, de 18 anos, destacou-se ao compartilhar sua experiência. Paciente da Classe Hospitalar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, ele está em tratamento contra o sarcoma de Ewing há dois anos e comemorou a conclusão do Ensino Médio como uma grande vitória. 

“Completar o Ensino Médio é algo único. Agradeço aos professores que me apoiaram nessa jornada, mesmo em meio aos desafios do tratamento. Foram três anos difíceis, mas hoje posso celebrar essa conquista”, afirmou Cauã.

A relevância da Classe Hospitalar - A médica hematologista pediatra e coordenadora de atendimento ambulatorial do Hemopa, Saide Maria Sarmento Trindade, ressaltou os esforços para implementar o projeto no Hemopa.  

“A Classe Hospitalar é essencial para garantir que nossos pacientes mantenham seus estudos durante o tratamento. Desde 2019, buscamos viabilizar essa parceria com a Seduc, que se concretizou em 2022. Hoje, celebramos a superação de barreiras e o cumprimento do direito à educação”, destacou a médica.

A coordenadora do AEHD/COEES pela Seduc, Eliana Celino, pontuou o impacto positivo da iniciativa e os desafios para expandir o atendimento no estado. “Esse programa assegura o direito à educação mesmo em condições adversas. É gratificante acompanhar alunos concluindo ciclos fundamentais, como o Ensino Médio, e se preparando para novas etapas, incluindo graduação. O desafio agora é ampliar esse atendimento para mais hospitais no interior do Pará”, explicou Eliana.