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Escola de tempo integral incentiva protagonismo estudantil com projeto 'Mais, Ulha' em Ananindeua

30/10/2024 09h23 - Autor: Fernanda Cavalcante (Ascom Seduc) 69 visualizações
Foto: Escola de tempo integral incentiva protagonismo estudantil com projeto 'Mais, Ulha' em Ananindeua
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Iniciativa da Escola Estadual Professora Maria Araújo de Figueiredo trabalha habilidades e conceitos da comunicação social

Investir em educação é garantir um futuro cheio de oportunidades e possibilidades, por isso, a Escola Estadual de Tempo Integral Professora Maria Araújo de Figueiredo, localizada no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), tem trabalhado o protagonismo dos estudantes por meio do desenvolvimento de habilidades e conceitos da comunicação social com o projeto “Mais, Ulha!”, que utiliza o acesso a tecnologias de pesquisa, produção e difusão de mídias como áudio, vídeo e fotografia.

A iniciativa utiliza a Central de Mídias da escola e objetiva construir um ambiente de experiência de atividades relacionadas às profissões que lidam com a comunicação, além de promover diversos usos de aptidão e talento dos estudantes na área da comunicação. A ideia é incentivar possibilidades e oportunidades para os alunos. E, também, articular os componentes curriculares de Educação Geral Básica como os processos de pesquisa, produção e difusão de informações, num ambiente pautado na ciência, ética e responsabilidades.

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Para o professor de História, Marcelo Magno, as ações dentro do “Mais, Ulha!” visam criar nos estudantes uma alfabetização digital. “Nós desenvolvemos o projeto ‘Mais, ulha”’, expressão paraense que conota surpresa, admiração, mas que aqui também tem o sentido de chamar a atenção para olhar aquilo que está sendo produzido pelos nossos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio"

"O projeto se destina a criar uma alfabetização digital nos nossos alunos para que eles deixem de ser apenas meros consumidores de conteúdo digital, mas que assumam uma outra condição de produtores de conteúdo digital. O projeto também pretende experienciar os componentes curriculares das áreas do conhecimento que os alunos estão desenvolvendo em sala de aula, dando a eles uma outra possibilidade de vivenciar esses mesmos conteúdos de uma forma que eles estão normalmente habituados, que é a linguagem midiática das redes sociais e dessa forma potencializar certas inclinações e aptidões que eles venham a ter para desenvolver uma profissão no campo da comunicação”, explicou o professor Marcelo Magno.

O professor Magno junto com os professores Adma Marçal, de Geografia; e José Renato, de História, coordena a Central de Mídias da Escola Professora Maria Araújo de Figueiredo. Na prática, o projeto de comunicação social envolve os estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio, que formam o grupo de mídias da escola, e participam de oficinas de fotografia, produção de áudio e vídeo.

Também há produção de pautas e roteiros temáticos, cobertura de eventos da escola, criação e alimentação do site da escola, agendamento para acessar a Central de Mídias, suporte à comunidade escolar quanto ao uso das tecnologias na produção e difusão de mídias, planejamento, produção e divulgação de vídeos e podcasts em diversos formatos, além de participarem de Clubes Juvenis que envolva produção de mídias.

O estudante Wesley Barra, do 6º ano do Ensino Fundamental, participar do projeto tem sido uma experiência inovadora. “Participar deste projeto tem sido uma nova experiência para mim, na parte de saber mais, aprender mais, aqui na nossa escola e eu vejo que essa Central de Mídias veio para ajudar estudantes, jovens e adolescentes. Tive a oportunidade, na última entrevista que fiz aqui, de falar com um escritor paraense e foi muito interessante porque nós fizemos perguntas sobre o livro que vai lançar e tem sido uma experiência muito boa para mim aqui na escola e que eu estou aprendendo mais e mais”, comentou.

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Já para a estudante Fernanda Moraes, da 1º série do Ensino Médio, além do aprendizado sobre a área da comunicação, uma das coisas mais interessantes que o projeto traz é a cultura paraense. “Na parte de gravação de mídias, o que eu mais gostei foi que aqui nós falamos muito sobre a nossa cultura paraense. Nós aprendemos mais sobre a nossa cultura, sobre os nossos povos indígenas, sobre as nossas comidas típicas aqui do Pará. Falamos das nossas lendas urbanas também, tem sido muito uma experiência muito boa aqui porque muitos estudantes não têm essa experiência, que ela é muito boa, do estudante poder se esforçar para ter um futuro melhor lá na frente”, disse.

Conforme a coordenação do projeto “Mais, ulha!”, as atividades possibilitam que os educandos “identifiquem as intencionalidades presentes na produção audiovisual a que estão expostos, bem como tornarem-se autores e produtores dessas mídias, valorizando sua estética e aprendendo a resolver problemas em equipe, além da escolha de temas, montagem de matérias, desenvolvimento da criatividade e decidindo com base no processo de aprendizagem que o ambiente de escola de tempo integral possibilita."

Investimentos em Ananindeua - O compromisso do Estado do Pará com a educação é uma prioridade, por isso, diversos investimentos têm sido realizados nos 144 municípios. São investimentos em obras de reconstrução de unidades escolares, entregas de creches e projetos de reconhecimento e valorização de estudantes e professores  que têm feito a diferença para os avanços do Pará na educação. No município de Ananindeua, o Governo do Pará segue reforçando esse compromisso. Desde 2019 já foram entregues 14 escolas totalmente reconstruídas à comunidade escolar, o que representa um investimento de mais de R$ 40 milhões. 

Além das escolas entregues, outro grande investimento que impacta diretamente a vida das famílias em Ananindeua é a construção da Creche Professora Maria Luisa Sampaio, localizada no bairro do Curuçambá, entregue pelo Governo do Pará neste mês de outubro. Por meio do Programa Creches Por Todo o Pará, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), foram investidos mais de R$ 3 milhões na unidade que vai atender 200 crianças de 0 a 5 anos. 

Reconhecimento e valorização - Mas o trabalho não para por aí. Outro grande exemplo de valorização da comunidade escolar é o Programa Bora Estudar, que premia com cheques de R$ 10 mil os estudantes que obtiveram notas a partir de 900 na Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou tiveram melhor desempenho em sala de aula. Por meio do programa, o melhor estudante de cada turma tem seu esforço e dedicação reconhecidos e pode mudar a vida da família utilizando o cheque para construção, reforma, ampliação, melhoria ou adaptação de suas casas. Só em Ananindeua, a iniciativa contemplou 1.399 estudantes, o que totaliza um investimento de quase R$ 14 milhões para gerar oportunidade e transformar sonhos em realidade. 

Outra iniciativa de reconhecimento e valorização dos servidores da rede estadual de ensino é programa “Escola que Transforma”, que, a depender do alcance das metas estabelecidas pela Seduc no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), recebem até 3,5 salários, um investimento total de R$ 373 milhões. Neste semestre o Pará teve um crescimento histórico no Ideb, saltando da 26ª para a 6ª posição no ranking nacional. Em Ananindeua, foram destinados R$ 27.229.891,43 para os servidores da rede no município.

Autonomia - Outra iniciativa que reforça o comprometimento da gestão estadual com a qualidade do ensino paraense é o Programa Dinheiro na Escola Paraense (Prodep), que potencializa e dá autonomia para a gestão escolar. Com o projeto, o gestor da escola, em parceria ativa com Conselho Escolar, tem maior autonomia e protagonismo para investimentos alinhados às necessidades específicas de cada unidade. No município de Ananindeua, foram investidos R$ 11.148.596,11 por meio do Prodep.