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Alunos da Classe Hospitalar do Hospital Oncológico Infantil encenam “Festa Na Floresta”

23/08/2024 09h11 - Autor: Leila Cruz (HOIOL) 174 visualizações
Foto: Alunos da Classe Hospitalar do Hospital Oncológico Infantil encenam  “Festa Na Floresta”
Foto: Divulgação

Iniciativa desperta talentos e reflexões importantes acerca da sustentabilidade com foco na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30)

Os alunos da Classe Hospitalar Prof. Roberto França, em funcionamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), apresentaram nesta quinta-feira (22) o espetáculo “Festa na Floresta”, em alusão ao Dia do Folclore, na brinquedoteca do 5º andar. Com a participação dos professores, a narrativa infantil conta a história da curumim Zair, que ganha uma festa dos familiares para celebrar o aniversário de 10 anos por meio do universo imaginário do folclore da região. A peça integra o projeto pedagógico anual “Amazônia: povos da floresta e rios”, que este ano trabalha o tema  “A Educação Hospitalar Semeando Saberes na Amazônia”.

O enredo traz os seres lendários como a Iara, Matinta Perera, Curupira e o Boto-cor-de-rosa que encontram dificuldade para chegar até a festa em razão das queimadas e poluição dos rios, fazendo com que o público reflita sobre a  importância da preservação da flora e da fauna para o meio ambiente. “A história conta sobre a dificuldade que os seres mitológicos enfrentam durante o percurso para presentear a aniversariante, além de valorizar a nossa cultura proporciona uma reflexão crítica sobre as ações sustentáveis que possibilitem a preservação dos espaços geográficos para a existência dos povos originários”, destacou a professora referência da Classe Hospitalar, Ana Elvira dos Santos.

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O projeto busca mais que socializar nossos alunos, faz com que percam a vergonha de interagir com o público e desenvolvam a linguagem corporal deles e despertem talentos. E, principalmente, que desenvolvam uma consciência ambiental para que se tornem adultos conscientes e engajados em temas da atualidade como o clima, sustentabilidade, os quais estamos trabalhando com foco na COP 30”, acrescentou a professora.

“É a primeira vez que participo de uma encenação teatral e espero que realmente tenha despertado uma consciência sobre a preservação do meio ambiente. É preciso manter os recursos naturais que são muito necessários para a vida dos animais e seres humanos e, principalmente, da geração futura. Essa atividade pedagógica além de contribuir com o desenvolvimento dos alunos, traz momentos de distração e promove uma consciência sustentável a respeito dos impactos da ação humana no meio ambiente”, disse a estudante e paciente Larissa Lobato,18 anos.

A coordenadora do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Hoiol, Natacha Cardoso, afirma que trabalhar as datas comemorativas, como o Dia do Folclore, é importante para o exercício da transdisciplinaridade. “Tratamos de um determinado assunto usando de diversas disciplinas para falar a mesma linguagem, então trazemos conhecimento de mundo para o currículo escolar do aluno a partir de datas comemorativas. E, por meio dessa estratégia, promovemos o melhor conhecimento, tanto a respeito da cultura em que esse aluno está inserido quanto para seu convívio em sociedade”, destacou.

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Classe hospitalarGarantir às crianças e aos adolescentes em tratamento contra o câncer no Hoiol o direito à educação, à continuidade do processo ensino- aprendizagem e à reintegração ao grupo escolar, é o objetivo da Classe Hospitalar Professor Roberto França. O programa de educação especial é ofertado desde a inauguração do hospital em 2015, em parceria com a Secretaria  de Estado de Educação (Seduc).

“O NEP é responsável por dar todo o suporte necessário para que a Classe Hospitalar, que já vem com o currículo pré-estabelecido junto à Seduc, possa executar as atividades no hospital, sempre respeitando as necessidades dos nossos alunos, que são pacientes oncológicos. Hoje, tivemos um alerta para que os nossos alunos trabalhem a sustentabilidade, que não é só uma disciplina que deve ser inserida, mas também uma necessidade mundial para que a vida possa existir no futuro”, disse Natacha Cardoso.