Servidores da Seduc são certificados em curso sobre justiça restaurativa
Ao todo, 22 profissionais, entre psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e coronéis foram certificados
Servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) receberam certificado de facilitadores dos círculos de construção de paz, no primeiro Workshop "Justiça Restaurativa do TJPA - Relatos de experiências", promovida pela Coordenadoria de Justiça Restaurativa (CJR) do Poder Judiciário do Pará e a Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (CEIJ). A solenidade aconteceu nesta quarta-feira (22), no auditório do Fórum Cível de Belém.
O curso certificou 22 profissionais da Secretaria, entre psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e coronéis que atuam no programa Escola Segura e todos se tornaram aptos a desenvolver nas escolas da rede estadual de ensino, os círculos, que tem como objetivo construir uma cultura de não violência, através do diálogo, ou círculos restaurativos, construindo, assim, melhores condições de convivência no ambiente escolar.
Uma das profissionais certificadas, a servidora da Seduc e assistente social, Larissa Castro, contou sobre o significado de ser uma facilitadora dos círculos de paz. "Com os cursos nós podemos visualizar a importância da ferramenta tanto nos círculos complexos, quanto nos diários. Nós conseguimos observar como a Justiça Restaurativa pode trabalhar preventivamente ou em algo que já aconteceu um conflito mais complexo. Através da certificação vamos poder trabalhar com os diálogos, vamos poder dar voz ao aluno, aos professores, coordenadores, diretores e toda a comunidade escolar", disse ela.
O workshop contou com painéis em que profissionais vinculados às Varas de Família, à Varas de Violência Doméstica e participantes de projetos puderam compartilhar suas experiências com a justiça restaurativa. O asssessor de Convivência Escolar da Seduc, Mário Augusto Almeida, discutiu sobre justiça restaurativa nas escolas estaduais.
"A importância da Seduc no workshop hoje, além da formação da primeira turma que está passando pela Justiça Restaurativa, utilizando como ferramenta de trabalho, vai ser o início da disseminação, por todas as unidades de educação. Recebemos a notícia que no primeiro semestre de 2024, nós já estejamos com todas as escolas tendo a Justiça Restaurativa, o que é muito importante para buscar a paz nos ambientes escolares", disse Mário Augusto.
O que é?
A justiça restaurativa tem como foco implementar ações institucionais para transformar escolas em espaços democráticos. O objetivo principal é construir uma cultura de não violência, por meio do diálogo, ou círculos restaurativos e com isso construir condições melhores de convivência no ambiente escolar.
"Todas as partilhas aqui, as experiências, elas nos mostram, o quanto a gente realmente vem avançando e vem construindo. A importância de trabalharmos com as parcerias institucionais, de trabalharmos de forma conjunta, afinal temos um objetivo único, que é a pacificação social, com melhorias no nosso viver e no nosso conviver e da sociedade", comenta a juíza Betânia de Figueiredo Pessoa, da Coordenadoria de Justiça Restaurativa.
O processo é uma parceria entre Seduc e TJPA, que além de formar professores facilitadores para realizar os círculos restaurativos, a iniciativa pretende levar às unidades de ensino (corpo técnico e estudantes), o entendimento da importância da convivência com o outro. Em abril deste ano, a juíza Josineide Pamplona, membro do Comitê Gestor da Justiça Restaurativa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o secretário de Estado de Educação do Pará, Rossieli Soares se reuniram para discutir a implementação da Justiça Restaurativa, nas unidades da rede estadual de ensino.