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UEES José Álvares de Azevedo completa 67 anos de referência educacional para deficientes visuais no Pará

22/04/2022 11h36 - Autor: Vinícius Leal - Ascom/Seduc 4618 visualizações
Foto: UEES José Álvares de Azevedo completa 67 anos de referência educacional para deficientes visuais no Pará
UEES José Álvares de Azevedo completa 67 anos de referência educacional para deficientes visuais no Pará

O espaço de aprendizagem da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) é o maior, no Pará, destinado à esse público-alvo

 

O maior espaço de aprendizagem destinado para alunos com deficiência visual no Pará completou 67 anos de fundação, nesta quarta-feira (20). A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Educação Especial (Coees), parabeniza a direção, professores, equipe técnico-pedagógica e alunos da Unidade Educacional Especializada (Uees) José Álvares de Azevedo, que ajudaram a construir essa trajetória de inclusão e respeito. 

Para celebrar esta data, uma programação especial foi preparada com muita música, poesia, relatos sobre a história da unidade e a leitura de crônicas do livro “Narrativas de Pessoas com Deficiência Visual”, escritas pelos professores que lecionam na escola e que foram lançadas nos últimos dias. 

A UEES José Álvares de Azevedo é referência no trabalho educacional para pessoas cegas e com deficiência visual, prestando diversos serviços excepcionais, seja no desenvolvimento de atividades no aspecto pedagógico, como também de orientação às pessoas acometidas por alguma situação e que acabaram desenvolvendo problemas na visão, a exemplo de perda total.

“Essa é uma unidade que merece os parabéns por essa data, pelo trabalho maravilhoso que realiza, de inclusão efetiva e por ser referência no Estado para alunos com deficiência visual. Neste momento, quero agradecer especialmente aos professores que lançaram nos últimos dias o livro de crônicas “Narrativas de Pessoas com Deficiência Visual”, produzido a partir da vivência deles na escola. Portanto, o meu obrigado e o desejo de que nós continuemos avançando na política de inclusão educacional no Pará”, enfatizou a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga. 

INDEPENDÊNCIA

Para o estudante José Inácio de Oliveira, 21 anos, disse que o espaço de aprendizagem lhe garantiu autonomia para andar sozinho, estudar e desbravar o mundo com mais liberdade. “Aqui, já tive atendimento de Orientação e Mobilidade (OM), que nos ensina a andar com bengala, porque não é só pegar ela e sair por aí, tem toda uma técnica e os professores nos orientam corretamente. Aprendi as técnicas do Soroban, que não é uma calculadora, mas sim um instrumento que nos auxilia nos cálculos e, por fim, o Braille que nos ajuda na leitura e escrita. Gosto muito dos atendimentos, dos amigos que fiz e a gente se considera uma grande família, porque a  gente troca experiências, e é muito bom estar sempre com eles”, frisou o aluno.

“O fato da rede pública estadual de ensino dispor de uma unidade especializada para a pessoa cega e com baixa visão, nos torna referência e, além disso, é um ambiente onde esse público pode ter um atendimento adequado e que possibilita a troca de experiências. Através do serviço disponibilizado aqui no “José Álvares de Azevedo”, estamos garantindo autonomia para essa pessoa com deficiência, seja por meio da OM ou pelo uso do código Braille, que é uma importante ferramenta de leitura para a pessoa cega”, destacou o coordenador da Coees, Felipe Linhares.

TRAJETÓRIA

Segundo a diretora da UEES, Lindalva Carvalho, falar sobre o “José Álvares de Azevedo” até lhe emociona. “São dez anos da minha história construída junto com esta escola e a gente tem vivenciado superações incríveis diariamente. Penso na educação como um meio de superação para as pessoas, principalmente aquelas que são mais carentes, que é o caso do nosso público-alvo. Geralmente nossos alunos são necessitados e vêm para cá, em busca de acolhimento, carinho e acesso ao conhecimento, que é um direito fundamental”, afirmou.

A dirigente ressalta, ainda, que tem recebido relatos positivos de alunos e familiares sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) do Estado, em relação ao serviço de outras redes de ensino. “Aqui temos aulas de complementação, suplementação, com recursos adaptados, professores especializados e os estudantes saem com novos conceitos, conhecimentos internalizados e isso para nós é o grande diferencial. A gente vê os alunos avançarem, conseguindo se superar, dentro das limitações de cada um e ultrapassando todo o ensino básico, indo para a universidade e a prova disso é que a gente tem hoje na escola ex-alunos doutores, mestres, que estudaram aqui e estão agora como profissionais”, complementou Lindalva Carvalho.