Coordenação de Ensino Fundamental cria régua decimal para alunos na fase inicial de alfabetização

Trabalhar a inclusão social deixou de ser exceção e passou a ser regra. Nas escolas públicas a inclusão significa dar oportunidade de aprendizagem e equidade educacional. Foi pensando nessa questão que a Coordenação de Educação Infantil e Ensino Fundamental (CEINF) da Seduc compôs, com o apoio da Secretaria Adjunta de Ensino (Saen), a Régua Decimal no Sistema de Numeração Decimal (SND), para alunos do 1ª e 2ª ano da rede estadual de ensino.
Voltada inicialmente para alunos com deficiência auditiva, a régua é um recurso pedagógico formada de representação de números, contendo figuras e palavras. Dividida em colunas e de forma lúdica, a régua ensina os alunos surdos a associar números e figuras. Ao utilizá-la, os alunos têm que saber que tipo de figura está representada, a quantidade de figura que está em cada coluna, o nome do numeral e escrever tanto em fonte bastão quanto fonte cursiva.
“A régua tem função multidisciplinar e interdisciplinar, trabalhando a matemática com a contagem dos números e suas representações, assim como a Língua Portuguesa no que se refere à leitura e à escrita do numeral”, explica a coordenadora da CEINF, Lucideia Santos.
O objetivo da régua é incentivar os docentes a criar formas de adaptação para trabalhar o SND com os alunos. A régua já foi incluída nos encartes dos cadernos de atividades estruturantes e nas diretrizes do perfil de saída e entrada dos alunos do 1ª e 2ª ano do Ensino Fundamental.
Ela lembra que no 1º ano os alunos têm de ler e escrever até o numeral 100. No 2º ano, devem saber contar até 1.000 e no 3º ano, até 10.000. “A expectativa é que haja uma progressividade cumulativa dos alunos e, ao final, saibam contar, ler, escrever, resolver e representar”, conclui.