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Revista conta a experiência da Seduc com a educação dos indígenas Warao em Belém

21/08/2020 13h23 - Autor: Caio Condurú (Ascom/Seduc) 685 visualizações
Foto: Revista conta a experiência da Seduc com a educação dos indígenas Warao em Belém
Revista conta a experiência da Seduc com a educação dos indígenas Warao em Belém

Um artigo divulgado pela revista científica do programa de pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), relata a experiência da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em relação a atenção pedagógica voltada aos indígenas venezuelanos da etnia Warao, em Belém. Por meio da Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), a Seduc, desde 2018, mantém seis turmas para alunos venezuelanos em situação de refúgio na capital paraense. 

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Ano passado, eram 140 indígenas matriculados que recebiam orientações de como lidar com as suas necessidades imediatas, como pegar ônibus, retirar documentos, fazer compras no mercado, etc. Em 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, este número caiu para 73 alunos, pois muitos retornaram para suas comunidades ou continuaram migrando para outros estados, como Maranhão, Ceará e Paraíba, além do Distrito Federal.

“Tem sido contínuo esse fluxo migratório da etnia Warao para o nosso estado. E por ser parte de sua cultura, temos que respeitar. Por isso, adequamos todo o processo pedagógico de acordo com os costumes e desejos desse povo”, explica o coordenador pedagógico do "Saberes da EJA-Warao", professor Marcos Vinicius Lima.

Entre os professores que atuam na educação dos indígenas, há integrantes da própria etnia Warao. “A Seduc do Pará é a única Secretaria de Educação do Brasil a contratar indígena Warao como educador da língua materna para atender alunos de 12 anos até idosos”, ressalta o coordenador pedagógico.

O estudo traça a trajetória de como o atendimento educacional aos jovens, adultos e idosos Warao vem sendo desenvolvido pela Seduc, e apresenta os princípios e as práticas pedagógicas que estão norteando o processo de ensino e aprendizagem por meio da pedagogia de projetos interculturais aos indígenas. Vale ressaltar que, neste momento de isolamento social, todos estão sendo atendidos, pedagogicamente, com atividades remotas via grupos de WhatsApp, além de serem contemplados com o cartão alimentação.

“Fazemos metodologias adequadas que respeitam a tradição e a cultura dos Warao. Tudo para se adequar aos sistemas de saberes deles. Um dos projetos transdisciplinares que temos é o Bazar Warao. Nele, os alunos se apropriam dos códigos de comunicação da cultura local e de habilidades da matemática para resolver situações e problemas do cotidiano, como comprar roupa no comércio, pedir informações de endereço, comprar comida, etc”, detalha o professor.


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